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A cirurgia plástica pós-obesidade

Publicado em 16/10/2008

A taxa de obesos cresce rapidamente em quase todo o ocidente, aumentando, conseqüentemente, os casos de infarto do miocárdio, hipertensão, diabetes, arteriosclerose e outras patologias associadas.

Essa preocupação, entretanto, não é o que mais contribuiu para a divulgação da problemática do obeso. Cada dia mais se dá importância à qualidade de vida. Todos querem não só viver mais, mas viver bem! E é nesse contexto que o desenvolvimento da cirurgia bariátrica trouxe grande avanço. Conhecida vulgarmente como cirurgia de redução de estômago, ela é hoje um dos últimos recursos para as pessoas que sofrem de obesidade mórbida, ou seja, que estão com o índice de massa corpórea superior a 35%. No primeiro ano após a cirurgia, o paciente consegue perder até 60% do excesso de massa corpórea. Ela permite uma perda ponderosa, gradual, progressiva e permanente, de maneira que o paciente possa aproveitar as vantagens da diminuição dos riscos da saúde, da melhora da qualidade de vida, possibilitando o retorno a atividades simples, como subir escadas, fazer caminhadas, que antes eram prejudicadas pelo excesso de peso. Durante os primeiros cinco anos da operação, o paciente deverá ter um acompanhamento médico freqüente. Ele deverá seguir uma dieta adequada, já que não conseguirá ingerir grandes quantidades de alimentos.

Outro ponto fundamental na qualidade de vida é a recuperação da auto-estima e do bem estar social. Após os grandes emagrecimentos, proporcionados pela cirurgia bariátrica, o paciente passa naturalmente a apresentar grandes excessos de pele na forma de flacidez localizada, principalmente no abdômen, braço, pernas e mamas. Isso se deve à grande distensão da pele por causa da gordura durante longo período, levando à perda da elasticidade, comprometendo a retração adequada após a redução do peso.

Após dois anos da cirurgia bariátrica, em média, o paciente entra em um momento de estabilidade emocional. Já não mais apresenta muitos dos riscos à saúde de antes e sente sua qualidade de vida melhorada. Porém a auto-estima e o bem estar social ainda se encontram comprometidos pela flacidez e excesso de pele, o que pode levar à sensação de êxito parcial do tratamento.

É justamente nessa fase que a cirurgia plástica tem muito a oferecer. A correção das deformidades geradas pelo grande emagrecimento, através de retirada do excesso de pele e do remodelamento corporal, tem como objetivo não só a estética, mas também a elevação da auto-estima, completando a qualidade de vida tão almejada.

Todos os vitoriosos da luta contra a obesidade sabem disso!
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