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Diga a verdade

Publicado em 26/12/2008

Vai fazer uma lipoaspiração ou dar uma esticadinha nas rugas? Depois de tomar coragem para enfrentar o bisturi e realizar a tão sonhada cirurgia plástica, vale a pena se perguntar: Mas o que pode dar errado? Os riscos de uma operação podem ser mínimos, mas existem. Uma boa forma de reduzi-los é não esconder nada dos seus hábitos rotineiros para o seu médico.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, de cada 100 pacientes, em média, que procuram um cirurgião plástico para realizar alguma intervenção, cerca de 2% são vetados.

Farmácia particular desvendada
Relatar ao cirurgião todos os remédios e substâncias químicas e naturais que está usando ou usou nos últimos meses é regra primordial para garantir uma cirurgia bem sucedida.

"Aos olhos dos leigos, alguns medicamentos não fazem mal ou não apresentam riscos para um bom resultado na cirurgia. Mas uma simples vitamina E pode interferir no sucesso de um procedimento", explica o cirurgião plástico João de Moraes Prado Neto, presidente da SBCP-SP.

Alguns medicamentos, por exemplo, podem interferir na coagulação do sangue e causar hemorragias. Já eram conhecidas as contra-indicações do ácido acetilsalicílico, de antiinflamatórios e também de alguns antidepressivos - incompatíveis com algumas drogas anestésicas- no pré-operatório. Mais recentemente, descobriu-se que o ginseng, a gincobiloba, e a vitamina E, também podem interferir na coagulação sangüínea.

"O uso desses medicamentos deve ser suspenso 15 dias antes da realização da cirurgia, para que o corpo metabolize totalmente a droga, principalmente no caso do ginseng que demora para ser eliminado no organismo", explica Cecin Daoub Yacoub, cirurgião plástico e membro da SBCP-SP.

Outras substâncias como Botox, preenchimentos e linhas de sustentação também precisam ser eliminados por completo do organismo antes da intervenção cirúrgica. No caso do botox, é necessário esperar seis meses para que o medicamento deixe de agir.

Quando o paciente possui fios de sustentação no rosto, a cirurgia é ainda mais delicada, pois é a partir dos contornos reais do rosto que o cirurgião plástico pode atuar com mais segurança e precisão. "Quando descolamos a pele da face, encontramos uma trama de fios o que limita muito o médico na realização da cirurgia de lifting", explica Prado Neto.

Grupos de risco
Os fumantes, obesos, pacientes que apresentam grande quantidade de varizes e mulheres que fazem uso de hormônios para reposição na fase da menopausa são considerados grupo de risco para a realização de qualquer tipo de intervenção cirúrgica.

"Esses pacientes apresentam grande chance de desenvolverem uma embolia durante a realização de cirurgias consideradas de grande porte", explica o Prado Neto.

Fonte:
http://www.abril.com.br/noticia/comportamento/sucesso-cirurgia-plastica-depende-verdades-contadas-pelo-paciente-391675.shtml
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