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Rosto novo
Publicado em 26/12/2008
O evento reuniu mais de 300 médicos especialistas de todas as partes do Brasil e cerca de 70 palestrantes com presenças internacionais.
As pesquisas feitas com células-tronco que dão esperança para tratar diferentes doenças como diabete, infarto, esclerose múltipla e distrofia muscular ganham importância para outras áreas da medicina como a cirurgia plástica, principalmente a reparadora. É o que mostra estudo divulgado durante o VI Simpósio de Rejuvenescimento Facial e Videocirurgia (www.cirurgiadeface.com.br), ocorrido nos dias 09, 10 e 11 de outubro, em São Paulo.
O cirurgião plástico da Santa Casa de Porto Alegre (RS) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Ciências Saúde, também localizada na capital gaúcha, Dr. Roberto Corrêa Chem, falou em sua palestra sobre o estágio em que se encontra a utilização de células-tronco aplicada na cirurgia plástica e apresentou estudos de lipodistrofias (zonas com irregularidades na distribuição de gordura), realizados pela primeira vez no Brasil por sua equipe. Essas lipodistrofias podem ser ocasionadas por síndromes, doenças congênitas, traumas ou queimaduras, entre outros fatores.
O coordenador do Simpósio e cirurgião plástico, Dr. Carlos Casagrande, explica que as células-tronco são capazes de se transformar em qualquer tecido do organismo pelo processo de diferenciação celular. Elas estão presentes em quase todos os tecidos do organismo, tendo maior concentração na medula óssea. Há pouco tempo se descobriu que as células-tronco presentes no tecido subcutâneo poderiam ser isoladas. A fonte dessas células é a gordura lipoaspirada que pode ser reaproveitada como mostram os estudos do Dr. Roberto Chem.
"Após a lipoaspiração, recolhemos a gordura lipoaspirada e com a utilização de equipamentos avançados separamos as células-tronco adultas. Em seguida, re-injetamos o material coletado no paciente. A separação é realizada por uma equipe de biólogos. A parte clínica, ou seja, a lipoaspiração, lipoinjeção e o acompanhamento do paciente são coordenados pela minha equipe. O procedimento é simples, indolor e pode ser feito em 1 hora e meia", explica Dr Chem.
Os casos de lipodistrofias em estudo liderados pelo Dr. Roberto Chem se encontram em fase de evolução. "No procedimento convencional (injeção de gordura sem célula-tronco) ocorre atrofia e há necessidade de reaplicar a injeção de gordura nas zonas de lipodistrofias várias vezes. Com as células-tronco esperamos que não ocorra atrofia e que com apenas um procedimento consigamos sanar a doença. Os estudos em análise caminham para esse objetivo. A gordura enriquecida aplicada nos pacientes não está sendo reabsorvida pelo organismo. O tratamento final é semelhante a um enxerto, a um preenchimento, mas com material retirado do próprio paciente. Os estudos ainda são experimentais, porém tudo indica que uma nova era está por vir em breve", revela o cirurgião plástico.
No Brasil, cientistas e pesquisadores foram respaldados após a liberação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) das pesquisas com células-tronco. "No entanto, há uma distância entre a autorização legal para pesquisar e a obtenção de resultados das novas terapias. As pesquisas são muito promissoras, mas há ainda um caminho a percorrer até que os avanços cheguem aos consultórios e clínicas", finaliza Dr. Casagrande.
Perfil da IV Simpósio de Rejuvenescimento Facial e Videocirurgia - Promovido pelo Capítulo de Videoendoscopia da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em parceria com a UNIFESP e Fleury Hospital Dia, e coordenado pelo Dr. Carlos Casagrande, Dra Lydia Masako Ferreira e Dr. Farid Hakme, Membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery), o IV Simpósio de Rejuvenescimento Facial e Videocirurgia (www.cirurgiadeface.com.br) teve como objetivo a atualização e o treinamento prático em cirurgia plástica facial e procedimentos ancilares, com foco na videocirurgia, técnica menos invasiva, mais segura e com rápida recuperação.
O simpósio contou com um time de palestrantes qualificados e experts no assunto, e reuniu ainda personalidades internacionais como Renato Saltz, presidente da Asaps (American Society of Aesthetic Plastic Surgey), Felmont Eaves, tesoureiro e consultor administrativo e membro do comitê de segurança do paciente da Asaps e Celso Bohórquez, anatomista e presidente do capítulo de estética da Federação Ibero-LatinoAmericana de Cirurgia Plástica.
Fonte:
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=55997
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