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Soropositivos recorrem ao bisturi

Publicado em 18/03/2009

Cirurgia plástica não é apenas uma questão de vaidade, mas uma aliada para quem convive diariamente com o preconceito. É o caso de pacientes portadores do vírus HIV, que começam a frequentar os consultórios de cirurgiões para readquirir a autoestima combalida pela doença. O assunto será um dos da mesa redonda no 10º Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica, que será realizado em São Paulo, entre os dias 20 e 22 de março.

Apesar de serem os grandes responsáveis por prolongar a vida dos soropositivos, os retrovirais trazem graves problemas estéticos. Um deles é a lipoartrofia da face, que deixa o rosto com aspecto esquálido. Muitos infectados deixam de lado a vida social de lado, comportamento que pode levar à depressão, por causa da aparência do rosto. Esse efeito que pode ser devastador pode ser revertido com uma cirurgia.

– Faz-se uma lipoescultura da face com enxerto de gordura, obtido do próprio paciente, extraído da região do abdômen ou parte interna dos joelhos. Essa gordura é injetada no tecido subcutâneo e modelada de acordo com as depressões sofridas nas regiões das bochechas e das têmporas. Com isso, podemos devolver o contorno natural da face – explica o cirurgião plástico Carlos Uebel, coordenador do simpósio.

Nas regiões da nuca e do abdômen ocorre o inverso do efeito no rosto. Em vez do aspecto de magreza, há um acúmulo de gordura. Nesse caso, a cirurgia indicada é lipoaspiração. Porém, portadores de HIV requerem cuidados especiais. Devem estar bem de saúde, com a coagulação normal, sem a infecção aguda e não podem ser diabéticos.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2437364.xml&template=3898.dwt&edition=11897§ion=1028
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