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Paciente deve ser livre para escolher cirurgião

Publicado em 16/03/2009

Quem deposita nos consórcios a única esperança de acertar o nariz, tirar a gordura extra ou esticar a pele encontra nos empresários do setor os grandes defensores da ideia. Eles garantem que a alternativa não trará riscos aos pacientes.

O presidente regional da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Marco Aurélio Müller, acredita que os consórcios vão democratizar o acesso às cirurgias plásticas nos mesmos moldes que ajudaram muita gente a ter o primeiro carro ou a primeira casa e rebate as críticas dos especialistas receosos com a nova forma de pagamento. Ele assegura que as administradoras não vão limitar as alternativas de médicos para os clientes. Segundo ele, o dinheiro poderá ser usado para realizar a operação em qualquer profissional.

– Pode ser até no Pitanguy (Ivo Pitanguy) se a pessoa quiser. Na verdade, ela vai escolher a quantia que precisa, vai entrar no consórcio que mais lhe agrada e, quando for contemplada, vai pegar o dinheiro e ir onde achar melhor – defende.

Para evitar que a inclusão das cirurgias plásticas nos consórcios comprometa a saúde dos brasileiros, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) protocolou, em fevereiro, um pedido ao Banco Central (BC) para que sejam feitas garantias e exigências para que as administradoras não limitem o número de profissionais, mas deixem o cliente livre para escolher o médico de sua preferência. O debate, porém, não deve impedir a organização dos consórcios que, apesar de autorizados, devem começar a oferecer a opção a partir do mês que vem, em Porto Alegre.

– Há algumas décadas, quando começaram os planos de saúde, as discussões e controvérsias foram as mesmas. Hoje, a maioria das pessoas tem o seu convênio e se consulta com os médicos de sua escolha – lembra o cirurgião plástico Carlos Uebel.

Enquanto a opção dos consórcios não é lançada, o cirurgião plástico André Hermann, do Hospital Moinhos de Vento, sugere que pessoas sem condições econômicas para custear uma operação estética à vista busquem financiamento no banco ou reserve parte do salário mensalmente. A segunda sugestão foi adotada pela contadora Fernanda Prüfer, 25 anos. Em 2007, ela resolveu fazer uma cirurgia estética para melhorar a autoestima. Como não poderia fazer o procedimento por meio de convênio médico, reservou um pequena parte do seu salário durante seis meses.

– Era algo que queria muito. Não deixaria a questão financeira me atrapalhar. Então, me planejei, fiz a cirurgia e agora estou feliz com o resultado – comemora.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2437363.xml&template=3898.dwt&edition=11897§ion=1028
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